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MP apura desvio de R$ 8 milhões de atendimentos de ostomizados na Apae de MS

Operação Oscurità

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) deflagrou a “Operação Oscurità” nesta quarta-feira (31), cumprindo seis mandados de busca e apreensão em Campo Grande e Camapuã. A ação investiga o desvio de mais de R$ 8 milhões da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE).

Investigação do MPMS

De acordo com a investigação, o ex-coordenador do Centro Especializado em Reabilitação da APAE, Paulo Henrique Muleta Andrade, é apontado como o responsável pelo desvio de R$ 8.066.745,25. Esse montante deveria ser destinado ao atendimento de pacientes ostomizados.

Esquema de Desvio

O MPMS apurou que Muleta direcionava compras da APAE para empresas fictícias, criadas por ele mesmo, utilizando nomes de laranjas. O ex-coordenador foi afastado de suas funções em novembro do ano passado, após ser citado em outra operação que investigava desvio de verbas públicas.

Denúncia e Afastamento

Muleta foi denunciado por corrupção passiva, e a denúncia foi aceita pelo Poder Judiciário em 28 de junho de 2024. Desde seu afastamento, a APAE registrou uma redução significativa nos custos das compras de produtos anteriormente realizadas pelo ex-coordenador.

Apoio à Investigação

As investigações foram conduzidas pela 29ª Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social de Campo Grande, com apoio do Grupo Especial de Combate à Corrupção (GECOC). A APAE colaborou com o MPMS, fornecendo informações e documentos necessários.

Posicionamento da APAE

Após a deflagração da operação, a APAE de Campo Grande emitiu uma nota reafirmando seu compromisso com a ética e a transparência. A instituição destacou sua disposição em colaborar com as autoridades e garantir que seus serviços sejam prestados com integridade.

Redução de Custos

Com o afastamento de Muleta, a APAE observou uma substancial redução nos custos das compras de produtos. A instituição continua a trabalhar para assegurar que os valores e a missão da APAE sejam preservados, mantendo a qualidade dos serviços prestados.

Conclusão

A “Operação Oscurità” revela a importância da vigilância e da transparência na gestão de recursos públicos. A APAE de Campo Grande reafirma seu compromisso com a ética, colaborando com as investigações para garantir que os responsáveis sejam punidos e que a integridade da instituição seja mantida.